Em 1972, durante as Olimpíadas de Munique, 11 atletas israelenses foram assassinados por guerrilheiros palestinos do movimento conhecido por Setembro Negro. A atuação da polícia alemã foi altamente criticada - enquanto fingia atender às exigências do grupo - entre elas a libertação de 200 presos -, arquitetava uma operação mal sucedida para recuperar os reféns, que precipitou os acontecimentos e acabou levando ao massacre de 17 pessoas, entre atletas, policiais e terroristas. A revanche deu origem a uma das mais sensacionais operações já orquestradas pelo serviço secreto de Israel, o Mossad. George Jonas conta essa história real, mas com todos os ingredientes de um thriller empolgante, em 'A hora da vingança', livro que inspirou o já polêmico Munique, novo filme de Spielberg. Esta edição - o livro foi publicado originalmente em 1984 -, revista e ampliada, traz prefácio do agente secreto conhecido como Avner. Pela primeira vez na História, um integrante da elite israelense da espionagem vem a público contar a verdade sobre o episódio, mantido em segredo durante décadas. Avner, líder do grupo e depositário das esperanças do povo de Israel, foi cuidadosamente escolhido pela primeira-ministra Golda Meir para vingar o monstruoso crime. Ao lado de seus companheiros - e isolados de qualquer contato com seus familiares -, os agentes deslocaram-se entre diversos países, mudando de identidade o tempo todo e colocando em risco as próprias vidas. Clássico dos relatos de espionagem, 'A hora da vingança' revela-se um documento histórico, que conduz o leitor ao mundo sombrio do terrorismo e do crime político. E avança mais um passo, ao explorar os sentimentos de revolta e dúvida que gradualmente passaram a atormentar os integrantes da arriscada operação.