Neste livro, Laura Bergallo reinventa as memórias de sua infância dos tempos em que convivia com o avô, que ela chamava de Vozo. A principal lembrança é a da primeira vez em que ela e Vozo escolheram uma lagarta para guardá-la em uma caixinha de fósforo furadinha e com comidinha que permitiria a ela se transformar, no tempo certo, em uma borboleta. O tempo certo da borboleta exige a paciência e a criatividade da menina para esperar. Mas antes de narrar esse momento fabuloso que depois lhe servirá de metáfora para a morte do avô, ela conta outras pequenas aprendizagens como: comer salaminho fatiado bem fino, pescar peixinhos no lago, uma canção em espanhol, um poema de Camões. Janaina Tokitaka, que também adorava fazer borboletas quando criança, faz lindas ilustrações coloridas em aquarela que se espraiam pelas páginas.