Worms, vale do Rio Reno, Alemanha, século V. Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, Brasil, século XXI. Dois lugares separados por milhares de quilômetros, duas épocas, separadas por centenas de anos. Em comum, um povo de mesma ascendência e uma profecia de Nostradamus ainda a espera de ser decifrada. Recontando com graça e entusiasmo uma antiga lenda germânica - a saga do príncipe Siegfried e da princesa Kriemhild -, o velho Hans, jardineiro descendente de alemães que cuida das flores de um clube em Petrópolis, reúne, noite após noite, uma turma de adolescentes antenados com a moderna tecnologia. E a internet fica um ponto de lado enquanto eles ouvem a impressionante narrativa do velho, povoada por heróis e dragões, reis e rainhas, guerras épicas e trágicos amores. O que os garotos nem suspeitam é que também serão parte da história, ao servirem de ponte entre passado longínquo e tempo atual, reunindo Worms e Petrópolis para que o destino inexorável afinal se cumpra. "- Todos pensam que este cavaleiro se chama Ernesto - segrodou o velho de repente, me olhando de um jeito maroto e enxugando o suor da testa com as costas da mão. - Mas seu nome verdadeiro é Siegfried, o filho do Reno. E está cheio de histórias magicas, de dragões, de heróis e de trágicos amores para contar".